sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

VERDADE OU INDUÇÃO?



Certa vez, visitei um terreiro que se identificava como sendo “de Umbanda”, cujo nome, por questão de ética, prefiro não mencionar para não ferir a merecida notabilidade do autêntico mentor, do qual fora furtada a denominação.
Sabemos que tal casa, há muito, teve suas portas fechadas em caráter definitivo, provavelmente por razões óbvias e sob a ação dos Planos Superiores da Espiritualidade que não se dispuseram a se fazerem coniventes com o fomento da vaidade, da irresponsabilidade e das mentiras que ali pululavam diante dos olhos dos incautos despreocupados com o verdadeiro compromisso exigido pela nobre missão mediúnica.
Entre os vários procedimentos estapafúrdios que lá, infelizmente tivemos o desprazer de observar, despertou-nos especial atenção a espetacular facilidade com que a “mãe-de-santo” dominava e conduzia o seu nada modesto grupo de sensitivos e elementos ditos sob a influência de Entidades neles incorporadas. Havia algo em torno de umas sessenta pessoas que, sob o efeito de um simples brado dado pela “sacerdotisa” que se interpunha ao centro de um grande círculo por elas formado por mãos dadas, entravam num transe imediato, todos a uma só vez, fazendo transparecer que a engira tivesse sido invadida por toda a população das várias aldeias de índios desencarnados ou dos grupos étnicos africanos habitantes das camadas etéreas.
Sempre num tom arrogante e arbitrário, exorbitante e autoritário, aquela senhora, do núcleo da grande corrente, gritava: “FORÇA DE CABOCLOS!” e instantaneamente, tais legiões acorriam para atender ao seu chamado e o mesmo se dava quando, com idêntica postura, evocava às demais linhas espirituais, mostrando um absolutismo incomparável e capaz de fazer inveja a qualquer Senhor Feudal.
Oras!, diante de tamanha competência, vimo-nos animados a estudar aquele incomum fenômeno com mais profundidade, afinal, tratava-se de uma manifestação inusitada e ao mesmo tempo estranha pela inversão de autoridades. Seu subjugo sobre os representantes de Aruanda deixara-nos pasmos e saímos dali carregados de dúvidas e interrogações:
Seria ela um espírito encarnado dotado de imensurável ascendência sobre todos os demais? – pensamos – Estariam aquelas pessoas agindo sob a influência de uma força hipnótica ou anímica e, por isso, induzidas a uma representação teatral? Ou, talvez eu é que não estivesse a altura de compreender como se processava aquele mecanismo por não estar inteirado da modernidade disseminada e imposta pelos Guias e Protetores Espirituais em meio àqueles “escolhidos”.
Os dias, meses, anos e décadas se passaram e nunca mais nos deparamos com ritual semelhante em nenhum dos templos em que nos fizemos presentes, quer como convidados, quer como meros espectadores, ocasiões em que fazíamos nossas pesquisas e perguntávamos aos respeitáveis espíritos que se apresentavam ao serviço da doutrina umbandista e da caridade se aquilo era possível de acontecer e, todos eles, sempre, respondiam de forma taxativa, que não, dando-nos a seguinte explicação:
“Inicialmente, temos de considerar que, nem todos os indivíduos que se acham vestidos de branco no âmbito sagrado de uma engira ou auréola de terreiro são médiuns de incorporação, depois, o perfeito ajuste ou entrelaçamento de nossas energias com as dessas pessoas não depende, unicamente, de suas próprias vontades, pois, há necessidade de que também o queiramos fazer. Além disso, tais equilíbrios somente são conseguidos após testarmos todos os canais de vibrações ativos de que o médium dispõe (os chamados chakras). A incorporação dos espíritos de grau evolutivo também se dá em função das energias ou vibrações oferecidas pelo templo através das emanações provindas de seus pontos fundamentais e de seus assentamentos (núcleos de sustentação da casa). Outros fatores, tais como: o estado físico, mental e psicológico do médium e a nossa disponibilidade de tempo para o atendimento de sua evocação, já que não somos escravos do desejo de nenhum encarnado e temos muitas outras tarefas a executar, quer neste como em outros planos do universo, completam o quadro das dependências para que tal aconteça a contento. Somente os nossos infelizes irmãos, ainda presos aos vícios, às degradações e às maldades, tidos como quiumbas, trevosos, rabos de encruza, ignorantes e perversos é que violam o livre-arbítrio dos filhos da seara de Umbanda, desavisados e distraídos no “Orai e Vigiai” preconizados pelo Mestre Oxalá e, dessa maneira, tornam-se vítimas diretas da ação dessas hostes ainda cegas para a verdadeira luz. Todas as expressões de comunicação que necessitamos estabelecer com o mundo terreno só se concretizam, de forma individual, eqüitativa ao potencial de nossos intermediários e com a anuência dos Estratos Superiores onde vibram nossos Mestres, orixás e a própria Divindade”.
- O que é preciso para que os médiuns se prestem a incorporações indubitáveis? – questionei-os, buscando aprender com tais detentores do saber.
“Usar das ferramentas mais eficazes que daqui do nosso plano facilmente somos capazes de reconhecer. Os seus nomes são: VERDADE e HUMILDADE”.

Texto de Pai Silvio Ferreira da Costa Mattos – sacerdote e presidente fundador da APEU – Associação de Pesquisas Espirituais Ubatuba – Templo de Umbanda Branca do Caboclo Ubatuba – Rua Romildo Finozzi, 137 – Jardim Catarina – (Zona Leste) – São Paulo – SP – Cep: 03910-040 – Fone: (11) 6911-4198 ou 6724-9522. Visite o site: www.apeu.rg.com.br
Extraído do livro de sua autoria: “Casos Reais Acontecidos na Umbanda”(no prelo).
Autor da obra: O ARRAIAL DOS PENITENTES – Editora Cristális
Assista o programa MEDIUNIDADE E UMBANDA, pela Web TV SARAVÁ UMBANDA –
www.tvsu.com.br

O ritual de coroação na Umbanda


















Falaremos um pouco sobre o ritual da coroação de acordo com a doutrina umbandista, em especial, da forma como o ato é realizado na APEU.
A coroação compreende uma demonstração de que o médium alcançou um nível aceitável em seu desenvolvimento, pois a entidade já possui total domínio sobre seus pontos de força (chacras), importantíssimos para um bom trabalho espiritual (não confundir com o médium ser ou não consciente). Assim, o que o ritual representa é que depois de coroado o médium passa a ter maior responsabilidade, pois está apto a servir de instrumento em consultas com suas entidades. Poderá também participar de trabalhos mais pesados: (desmanches, desobsessões, demandas, entre outros), e ajudar no desenvolvimento de médiuns mais novos na casa. Note que não tem nenhuma relação com formação sacerdotal, mas trata-se apenas, de um novo estágio que a pessoa alcança em sua evolução mediúnica. Para comprovar isso, no dia da coroação, a entidade mentora daquele médium tem de incorporar e confirmar seu nome (normalmente ela já o fez antes da coroação). Depois revela a falange em que trabalha, risca seu ponto e traduz sua representação, e, se possível, poderá passar também seu ponto cantado. Tudo acontece, diante do mentor da casa, que confirma (ou não) o que foi declarado. Além disso, quando se torna possível, recorre-se ao auxílio de um médium clarividente (com a chamada vidência superior), para firmar seu dom e ver a luz do ponto riscado, informando se o mesmo está correto.
Depois disso, sob um cântico apropriado para a ocasião, o mentor da casa, num ato simbólico, coloca uma coroa preparada com vegetais na cabeça do médium incorporado e todos os presentes saúdam a entidade.
Assim, o médium coroado torna-se apto a participar de determinados trabalhos, que exigem um maior conhecimento e principalmente, um melhor entrelaçamento com suas entidades espirituais, além do total domínio de sua mediunidade, coisa que um médium em desenvolvimento ainda não tem.
Porém é importante que ele tenha consciência de que a humildade deverá prevalecer e que, daquele momento em diante, suas responsabilidades serão aumentadas. Caso contrário, os verdadeiros Guias de Luz se afastam, fazendo com que, em pouco tempo, sua “coroa” perca o brilho, deixando-o à mercê das influências de espíritos imperfeitos que se aproximam dos orgulhosos e vaidosos.

Texto de Sandro da Costa Mattos
Extraído do JUB – JORNAL UMBANDA BRANCA – edição de agosto/2007 – vinculado à APEU –
http://www.apeu.rg.com.br/

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

FINAL DO ANO. PARE UM MOMENTO E REFLITA!

FINAL DO ANO. PARE UM MOMENTO E REFLITA!




O ano está acabando e você umbandista, seja médium ou simpatizante, já parou para pensar um pouco e refletir em tudo o que foi ensinado pelas Entidades? Será que todas as mensagens, muitas vezes passadas numa simples frase, foram realmente absorvidas? O que você fez para mudar, buscando melhorar o seu modo de ser? E como servidor do Exército Branco de Oxalá, teria sido um soldado fiel, sempre pronto à prática da caridade e ao combate contra as forças do mal?
É comum, em todo segmento (religioso ou não), que alguns sejam mais dedicados do que outros, mas aqueles que deixam de cumprir com seu papel, estariam sendo justos? Lógico que a tenda de Umbanda não deve ser um local para reuniões de fanáticos, mas se cada um arcasse pelo menos com sua obrigação, o que já é bom, seria ainda melhor.
O Caboclo Ubatuba, mentor espiritual da APEU, (instituição umbandista a qual sou Ogã há 24 anos), sempre que pode, associa sua casa a um lindo jardim, onde cada um dos seus filhos representa uma flor. Ouvindo essas palavras, muitos se enchem de alegria, mas esquecem que, como flores do seu canteiro, precisam dos seus cuidados para não se tornarem em uma planta murcha ou seca. Para isso, o mínimo que se exige, é que se façam presentes nos trabalhos espirituais, aproveitando, ao máximo os momentos onde ele nos rega com sua luz e com as bênçãos trazidas de Oxalá.
E como nossa casa, saiba que cada tenda de Umbanda um jardim, cujo jardineiro é seu Mentor Espiritual, e este, como Pai e Protetor, sempre estará disposto a cuidar de todas as suas flores.
Irmão-de-fé! Pense. Reflita. Aproveite a chegada do ano que se aproxima e faça uma poda em si próprio, eliminando suas possíveis doenças morais e espirituais. Seja uma flor mais forte, cuja raiz firme sustentará os brotos que renovarão sua mediunidade para que então possa exalar, com mais facilidade, o perfume divino que talvez ainda esteja escondido dentro de você.
Desejo a todos um ano vindouro de paz, saúde e felicidade, e se Zambi permitir, nos encontraremos novamente em 2009, falando sobre a nossa querida Umbanda e um dos seus principais fundamentos: a curimba.
Saravá!

Texto de Sandro da Costa Mattos
Ogã Alabê da “APEU” – Associação de Pesquisas Espirituais Ubatuba – Templo de Umbanda Branca do Caboclo Ubatuba
Autor da obra: O LIVRO BÁSICO DOS OGÃS – Ícone Editora
Contato:
scm-bio@bol.com.br ou (11) 2911-4198 / 7567-3710

Reedição do texto - dezembro/2008 (Blog APEU)
Texto original dez/2006 - editado na Revista Guardiões da Luz e no Jornal Umbanda Branca

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

PROJETO ARUANDA - AUXILIO A MORADORES DE RUA

Estamos inseridos numa sociedade cheia de problemas.
Como todos sabem, é grande o número de pessoas que vivem num estado de extrema pobreza, inclusive nas grandes cidades.
Sem um lar, um teto acolhedor e independente de frio, calor, chuva ou vento, as ruas da cidade de São Paulo estão repletas de pessoas que necessitam de auxilio, como alimentos, roupas e pasmem, até água potável. E claro, somado a isso, sofrem com o preconceito e com o assédio de marginais.
A APEU está iniciando esse novo trabalho, onde todas as segundas-feiras, à noite, um grupo (ainda pequeno) sai à procura destas pessoas, para que as mesmas possam, ao menos, dormir sem fome e com o espírito confortado (ao menos naquela noite).
Caso alguém esteja interessado em ajudar, entre em contato conosco.
Grato.
Que o Grande Senhor do Universo abençoe a todos os seres deste orbe!

PROJETO ARUANDA

"O que eu faço é uma gota no oceano, mas sem ela, o oceano será menor".
(Madre Teresa de Calcutá)

CAMPANHA: AUXILIO AOS MORADORES DE RUA

O Projeto Aruanda ajuda moradores de rua encontrados nos bairros próximos à APEU, levando roupas, alimentos e claro, alegria, através de sorrisos somados à uma palavra de fé e esperança para que possam ter forças para passar por essa fase transitória em que vivem.
Uma vez por semana os voluntários passam por cerca de 10 bairros, atendendo a essas pessoas que precisam de sua ajuda.

Seja um voluntário!

PRECISAMOS DE DOAÇÕES:

Aceitamos:
Pães para hot-dog, leite longa vida, achocolatado, água mineral, cafés, chás, sucos, açúcar, margarina, maionese ou qualquer outro tipo de complemento para s pães, biscoitos e bolachas, frutas diversas, material descartável como copos, pratinhos, talheres e guardanapos, material de higiene pessoal, roupas (inclusive íntimas), cobertores, lençóis e toalhas, garrafas térmicas, etc.

Coordenadores: Rogério e Ted

Contato: (11) 2911-4198 ou www.apeu.rg.com.br




APRESENTAÇÃO - APEU

Segue abaixo uma breve apresentação da nossa casa de caridade:

“APEU” - ASSOCIAÇÃO DE PESQUISAS ESPIRITUAIS UBATUBA
Templo de Umbanda Branca do Caboclo Ubatuba
Fundado em 17/01/1981
Rua Romildo Finozzi, 137 – Jd.Catarina (Z.Leste) – S.Paulo – SP – 03910-040 - Fone: (11) 6911-4198
Site: http://www.apeu.rg.com.br/ – E-mail: cabocloubatuba.apeu@hotmail.com
Mentor espiritual: Caboclo Ubatuba – Vibratória de Oxalá
Dirigente Espiritual: Pai Silvio F.C.Mattos

Sessões espirituais às sextas-feiras a partir das 20:30 horas.

O atendimento nesta casa é totalmente gratuito.

Nosso Ritual:
Em nossas sessões espirituais, por ordem do Mentor, Caboclo Ubatuba, desde 1982, as Entidades não utilizam fumo ou ingestão de bebidas alcoólicas. Sob hipótese alguma realizamos sacrifícios de animais.
Pautamos nossos trabalhos na prática da caridade, baseada na fé em Jesus Cristo, nosso Pai Oxalá, nos Orixás e nos Guias de Luz, tendo como principal elemento de trabalho, o poder da prece e do amor universal.

Atenção!
A APEU não se presta a pratica da magia-negra e aos costumes que firam os princípios legais vigentes no país. Também não faz uso de métodos de adivinhações por meio de búzios, runas, tarôs, etc., bem como não atende interesses financeiros e casos amorosos.
As consultas espirituais ocorrem somente no horário dos trabalhos, de preferência, marcadas com antecedência pelo telefone.

Calendário mensal:
1ª sessão do mês – Caboclos de Oxóssi e Pretos-Velhos
2ª sessão do mês – Caboclos de Oxóssi, falangeiros de Ogum e Povo D’água
3ª sessão do mês – Caboclos de Oxóssi e falangeiros de Xangô
4ª sessão do mês – Caboclos de Oxóssi, Baianos e Exus de Lei

Quando o mês tem 5 (cinco) sextas-feiras, a 4ª sessão será destinada aos Caboclos de Oxóssi e Boiadeiros (ou Erês) e a última será a de Caboclos de Oxóssi, Baianos e Exus de Lei.

Festas Tradicionais na APEU:
Janeiro – Homenagem a Oxóssi e Aniversário da APEU
Sábado de Aleluia – Homenagem a Cabocla Jurema (Ajucá)
Abril – Homenagem a Ogum
Maio – Homenagem aos Pretos-Velhos
Setembro – Homenagem a Ibejada (Cosme e Damião)
Novembro – Homenagem com o ritual das “Flores de Obaluaê”
Dezembro – Homenagem a Iemanjá e demais Iabás (Oxum, Nanã, Iansã)
Última sessão do ano – Adobá – Gira de agradecimento

Observação: durante o período de carnaval e Quaresma, os trabalhos espirituais entram em recesso, voltando às atividades no Sábado de Aleluia.

Sacramentos:
A APEU, como instituição religiosa, realiza gratuitamente, a quem interessar, as cerimônias de casamento, batismo e encomendação de alma de desencarnados, através dos rituais baseados na doutrina umbandista, ficando a ornamentação do templo, por conta do solicitante.

Cursos:
Sempre que existe a necessidade e/ou a possibilidade de iniciar novas turmas, a APEU ministra os cursos de Iniciação e Aperfeiçoamento Mediúnico (curso teórico sobre mediunidade), Curso Básico de Umbanda Níveis I e II (teórico) e Curso de Cânticos de Umbanda (não ensinamos toques de atabaques) e Evangelização Infantil na Umbanda (para crianças de 3 aos 10 anos de idade). Os cursos são gratuitos e abertos a todos que desejam participar.

Aceitamos doações de velas e demais materiais de uso religioso como: pembas, flores, defumadores, etc....

A DIRETORIA