Talvez para alguns o título de tal matéria sugira a idéia de
se realizar uma grande e salutar depuração dentro do Movimento Umbandista,
isolando de nosso meio religioso certos indivíduos (médiuns) que insistem tentar
macular o nobre e perene labor da Espiritualidade, expondo negativamente a
religião e colocando em risco a missão de honrados e abnegados medianeiros de
nosso referencial de fé. No entanto, deixemos este assunto para um futuro
próximo, lembrando que ninguém engana o mundo espiritual, colhendo cada um
aquilo que semeou. Nossas observações serão direcionadas para o atual estado do
físico das instalações onde se desenvolvem os trabalhos litúrgico-magísticos de
nossa Divina Umbanda.
Sabemos, ou deveríamos saber, que os Templos Umbandistas são
uma extensão de nossos lares, a nossa segunda casa, onde vivenciamos os fatos e
atos de nossa jornada encarnatória, devendo por isso receber os mesmos cuidados
de manutenção, a fim de podermos usufruir da alegria e da satisfação de ali
estarmos, recebendo os eflúvios visuais de ambienta limpo e organizado.
Alicerçados pela idéia supracitada, é crucial que os
responsáveis pela administração material dos terreiros fiquem atentos às
necessidades reclamadas pelas dependências internas e externas daquele espaço de
caridade, onde seus partícipes (médiuns e assistentes) devem sentir prazer e
orgulho de serem membros de iluminada seara de amor, sorvendo e refletindo a
terceiros a benéfica atmosfera presente no lugar.
Asseveramos o quanto faz bem àqueles que exercem funções
templárias ou procuram socorro espiritual, observarem a instituição que
freqüentam ter como um de seus atributos maiores a conservação e a limpeza da
edificação. E como é bom sentirem-se integrados a uma Casa Umbandista bem
pintada, com vestiários e banheiro em completa assepsia, salão de trabalhos
mediúnico-espirituais organizado’limpo e suavemente aromatizado, assistência com
assentos em perfeito estado de uso, iluminação adequada etc., peculiaridades
condizentes com um lugar sagrado, ascencionado e vibrado.
Não queremos dizer com isto que as instituições umbandistas
devam se transformar em palácios suntuosos, ricamente ornamentados, onde a
vaidade, a arrogância e a luxúria se apresentem sem-igual.Deixemos que alguns
núcleos ditos protestantes realizem ou continuem a realizar tal empreitada, uma
vez que se constituem em empresas arrecadadoras de dinheiro, e como tais
precisam se valer do impressionismo visual para atrair os incautos e assim
alcançarem sua finalidade espoliatória.
Afirmamos sim que os terreiros podem e devem ter fachada
simples, mas conservada; piso de cimento bruto, mas lavado; cantina e banheiros
pequenos’mas limpos e com material de higiene; bancos ou cadeiras da assistência
toscos, porém aptos a serem utilizados.
Muitos poderiam estar pensando que é muito fácil falar dos
problemas e de suas soluções, sendo na prática difícil de resolve-los.
Concordamos em parte com os que assim pensam. Realmente vivemos dias difíceis
financeiramente falando, e fica prejudicada a doação de numerário para o templo.
Mas é justamente nestes momentos que devemos nos valer de nossa criatividade e
do amor que temos pela Umbanda para dirimirmos ou equacionarmos tais desafios.
Conhecemos muitos terreiros que realizam campanhas periódicas com finalidades
específicas, como por exemplo para a pintura do prédio-sede, reforma de
banheiros e vestiários, para a construção ou reforma da cantina, colocação de
pisos cerâmicos etc. Deste modo o dinheiro é arrecadado de forma suave, em certo
tempo, não sacrificando as economias dos colaboradores.
Além das campanhas periódicas, da cantina e das mensalidades
dos associados, uma outra fonte de captação de recursos, que é legal, legítima e
correta é a realização de almoços,chás e bingos beneficentes, onde além de se
estreitar os laços de fraternidade entre os freqüentadores do lugar religioso,
há a oportunidade de se conseguir moeda corrente para a realização de obras e
serviços.
O que não se admite é a desídia, o pouco caso revelado por alguns administradores no tocante as precárias condições estruturais e de higiene das instituições umbandistas sob suas responsabilidades. São vestiários e banheiros sujos, desarrumados, cantina sem as mínimas condições de uso, congas empoeirados, cortinas encardidas, assentos quebrados, salão de atendimentos imundo, goteiras, vazamentos hidráulicos, paredes com infiltração, lâmpadas queimadas, curto-circuito, e uma série de outras situações lamentáveis que inviabilizam total ou parcialmente os trabalhos umbandistas.
O que não se admite é a desídia, o pouco caso revelado por alguns administradores no tocante as precárias condições estruturais e de higiene das instituições umbandistas sob suas responsabilidades. São vestiários e banheiros sujos, desarrumados, cantina sem as mínimas condições de uso, congas empoeirados, cortinas encardidas, assentos quebrados, salão de atendimentos imundo, goteiras, vazamentos hidráulicos, paredes com infiltração, lâmpadas queimadas, curto-circuito, e uma série de outras situações lamentáveis que inviabilizam total ou parcialmente os trabalhos umbandistas.
Costumamos ouvir de alguns como justificativa ao
comportamento que citamos acima de que os espíritos atuam em qualquer lugar, sob
qualquer estado, em qualquer hora, sem se importarem com tais questões já
apresentadas. Ledo engano.
Ë notório que as condições de limpeza e organização de um
terreiro são ferramentas de valor para os bons espíritos em suas atividades. Um
pouco de raciocínio e descobre-se o que a assepsia material pode fazer percutir
no plano espiritual.
Presidentes administrativos de terreiros, diretores materiais
de culto, comandantes físicos, chefes mediúnicos, tenhamos um pouco mais de
amor, atenção e cuidado para com a conservação dos Templos Umbandistas, ações
que com certeza irão espelhar nosso respeito à SAGRADA LEI DE UMBANDA.
Salve a Umbanda !!!!
Fonte: Jornal Umbanda Hoje
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