sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Desculpismo

 

PALAVRAS ETERNAS
- Emmanuel por Chico Xavier
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“E todos a uma vez começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: comprei um campo e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado,” – Jesus. (Lucas, 14:18.)
Desculpismo sempre foi a porta de escape dos que abandonam as próprias obrigações.
Irmãos nossos que tiveram a infelicidade de escorregar na delinqüência costumam justificar-se com vigoroso poder de persuasão, mas isso não lhes exonera a consciência do resgate preciso.
Companheiros que arruínam o corpo em hábitos viciosos arquitetam largo sistema de escusas, tentando legitimar as atitudes infelizes que adotam, comovendo a quem os ouve, entretanto, acabam suportando em si mesmos as conseqüências das responsabilidades a que se afeiçoam.
E, ainda agora, quando a Doutrina Espírita revive o Evangelho, concitando os homens à construção do bem na Terra, surgem às pencas desculpas disfarçando deserções:
- Estou muito jovem ainda…
- Sou velho demais…
- Assumi compromissos de monta e não posso atender…
- Minhas atribulações são enormes…
- Obrigações de família estão crescendo…
- Os negócios não me permitem qualquer atividade espiritual…
- Empenhei-me a débitos que me afligem…
- Os filhos tomam tempo…
- Problemas são muitos…
Tantas são as evasivas e tão veementes aparecem que os ouvintes mais argutos terminam convencidos de que se encontram à frente de grandes sofredores ou de criaturas francamente incapazes, passando até mesmo a sustentá-los na fuga. Os convidados para a lavoura da luz, na entanto, engodados por si próprios, acordam para a verdade no momento oportuno e, atados às ruinosas conseqüências da própria leviandade, não encontram outra providência restauradora senão a de esperarem por outras reencarnações.

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