O nobre
carpinteiro de Nazaré era um extraordinário escultor de almas.
Numa época
plena de preconceitos e discriminações, Ele acolhia a todos.
À mulher
adúltera convidou que se erguesse, recompusesse sua vida, mas não tornasse a
errar.
Ele
frequentava a casa de amigos, conhecidos e até de desconhecidos, e com eles
fazia as refeições. Enquanto se alimentava, oferecia o pão da vida aos que
partilhavam a refeição.
Conhecedor
das limitações humanas, amou incondicionalmente a Humanidade. Ofertou o perdão
como dádiva generosa para que a criatura tivesse a chance de recomeçar, de
tentar outra vez e outra mais.
Refinado na
arte de pensar, ensinava tesouros de sabedoria com poucas palavras.
Os mansos
herdarão a Terra, lecionou. Diferente do poder do mundo, Ele prometia os
territórios do Seu reino para os que vivenciassem a mansidão.
Estimulando
os homens a pensar, convidou a que observassem os pássaros do céu e as flores
dos campos. Nas entrelinhas, Ele ensinava que o homem deve aprender a olhar para
a natureza e desfrutar da sua beleza. Deve erguer os olhos ao céu e não somente
mantê-los fixos nas coisas da Terra.
Profundo
conhecedor da alma humana, trabalhava a emoção das criaturas.
Tomou a
juventude do Apóstolo João, arrebatado, e lhe esculpiu a emoção. Ele se tornou
o poeta do amor.
Tomou da
experiência do Apóstolo Pedro e o convidou a ser pescador de almas.
Ouvindo a
disputa entre os discípulos, discorreu sobre quem seria o maior, no reino dos
céus.
Tomou da
lâmina do Seu exemplo, para entalhar nas suas almas o exato cumprimento do
dever. Por isso se fez pequeno, ao ponto de somente admitir estar acima das
pessoas quando foi cravado na cruz.
Ouvia
perguntas absurdas e pacientemente trabalhava nos becos da alma dos que O
buscavam.
Tomou de uma
semente de mostarda para falar do vigor da fé. Serviu-se de imagens da natureza
para as lições da sabedoria.
Tudo para
ensinar que nas pequenas coisas se escondem os mais belos tesouros.
Escultor de
almas, trabalhou pacientemente as pessoas consideradas escórias da sociedade. A
todas ensinou a arte de amar.
Trabalhou
com pessoas difíceis para mostrar que vale a pena investir no ser humano.
Finalmente,
ensinou com Seu exemplo que a felicidade não está nos aplausos da multidão ou
no exercício do poder.
A Sua conduta
expressou que a felicidade se encontra nas avenidas da emoção e nas vielas do
Espírito.
* * *
Aprendamos
com o Mestre da vida a ter uma vida rica social e emocional.
Voltemos a
fazer coisas simples. Andemos descalços na areia, cuidemos de plantas, criemos
animais.
Façamos
novos amigos, conversemos com vizinhos, cumprimentemos as pessoas com um
sorriso.
Leiamos bons
livros, meditemos sobre a vida, escrevamos poesias.
Rolemos no
tapete com as crianças, façamos do nosso ambiente de trabalho um oásis de
prazer e descontração.
Redação do
Momento Espírita, com base no cap. 2, do livro O mestre do amor, de Augusto
Cury,
Academia de
Inteligência (Coleção Análise da Inteligência
de Cristo).