NANÃ BURUQUÊ
A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à
lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.
Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo
no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande
orixá.
Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus.
Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.
1. Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.
2. O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.
3. O Movimento adquire Estrutura.
4. Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.
Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.
Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente
ressentido.
Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã "escondida".
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o
acesso a esse território do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina.
É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino - e a responsável por esse período é justamente Nanã.
Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso
está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.
Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.
Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.
Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para
toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando
tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.
Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.
Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos.
CARACTERÍSTICAS:
Cor: Roxa ou Lilás (Em algumas casas: branco e o azul).
Fio de Contas: Contas, firmas e miçangas de cristal lilás.
Ervas: Manjericão Roxo, Colônia, Ipê Roxo, Folha da Quaresma, Erva de Passarinho, Dama da Noite, Canela de velho, Salsa da Praia, Manacá. (Em algumas casas: assa peixe, cipreste, erva macaé, dália vermelho escura, folha de berinjela, folha de limoeiro, manacá, rosa vermelho escura, tradescância).
Símbolo: Chuva.
Pontos da Natureza: Lagos, águas profundas, lama, cemitérios, pântanos.
Flores: Todas as flores roxas.
Essências: Lírio, Orquídea, limão, narciso, dália.
Pedras: Ametista, cacoxenita, tanzanita.
Metal: Latão ou Níquel.
Saúde: Dor de cabeça e Problemas Intestino.
Planeta: Lua e Mercúrio.
Dia da Semana: Sábado (Em algumas casas: Segunda).
Elemento: Água.
Chakra: Frontal e Cervical.
Saudação: Saluba Nanã!
Data Comemorativa: 26 de julho.
Sincretismo: Nossa Senhora Santana.
Fonte: http://umbandayorima.blogspot.com/2013/07/saudacao-nana-buruque-no-seu-dia.html
terça-feira, 30 de outubro de 2018
Meditação para ansiedade - Yoga Mudra
Assista o vídeo para treinar uma técnica de meditação guiada contra a ansiedade.
Aconteceu - APEU na 13ª Procissão de Xangô
Mais uma vez a APEU se fez presente na tradicional Procissão a Pai Xangô, que é realizada no Clube-Escola da Mooca.
Esta, que foi a 13ª edição do evento, foi realizada no dia 25 de junho de 2017 e como das as outras, foi coordenada pela equipe da Escola de Curimba Aldeia de Caboclos, contando com a presença maciça de umbandistas de várias regiões da capital e do estado de SP, líderes religiosos, apresentações culturais e artísticas e diversas curimbas.
A curimba da APEU se apresentou e mais uma vez Pai Silvio Mattos foi designado a proferir a prece de encerramento.
Algumas fotos:
Aconteceu - Vô Toninho na APEU
A manhã de 21/05/2017 foi diferente na APEU.
Normalmente aos domingos nós temos as aulas de evangelização infantil coordenadas pela nossa irmã Denise Giso, porém, esta data foi marcada por uma visita pra lá de especial, especialmente se tratando do mês onde a Umbanda louva os nossos sábio e queridos Pretos-Velhos.
Para nossa imensa alegria, recebemos a visita de um velhinho especial, o Vô Toninho, que trouxe com ele nosso irmão Márcio e sua esposa.
A prosa do Vô Toninho com adultos e crianças foi muito marcante e todos ficaram encantados com esse personagem e seu criador, que unidos, estão fazendo um trabalho maravilhoso em prol da religião.
Este dia especial, coordenado pela equipe do Grupo Crianças de Aruanda - Evangelização Infantil na APEU, foi além, aproveitando a oportunidade para mostrar a cultura afro, com alimentos, artesanato e literatura que trata do mundo físico e espiritual dos escravos negros e dos muitos espíritos que hoje são verdadeiros falangeiros do amor que hoje nos trazem ensinamentos preciosos de perdão e paciência.
Vô Toninho, as portas da APEU estarão sempre abertas para quando o senhor quiser voltar.
Salve os Pretos-Velhos!
Adorei às Almas!
Normalmente aos domingos nós temos as aulas de evangelização infantil coordenadas pela nossa irmã Denise Giso, porém, esta data foi marcada por uma visita pra lá de especial, especialmente se tratando do mês onde a Umbanda louva os nossos sábio e queridos Pretos-Velhos.
Para nossa imensa alegria, recebemos a visita de um velhinho especial, o Vô Toninho, que trouxe com ele nosso irmão Márcio e sua esposa.
A prosa do Vô Toninho com adultos e crianças foi muito marcante e todos ficaram encantados com esse personagem e seu criador, que unidos, estão fazendo um trabalho maravilhoso em prol da religião.
Este dia especial, coordenado pela equipe do Grupo Crianças de Aruanda - Evangelização Infantil na APEU, foi além, aproveitando a oportunidade para mostrar a cultura afro, com alimentos, artesanato e literatura que trata do mundo físico e espiritual dos escravos negros e dos muitos espíritos que hoje são verdadeiros falangeiros do amor que hoje nos trazem ensinamentos preciosos de perdão e paciência.
Vô Toninho, as portas da APEU estarão sempre abertas para quando o senhor quiser voltar.
Salve os Pretos-Velhos!
Adorei às Almas!
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Nova turma - Formação Básica de Ogãs
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