A história é a mesma. Pessoas inescrupulosas, de comportamento vil, encarceradas pela vaidade e egocentrismo, atributos que constituem e comandam suas personalidades doentias, e que querem a, qualquer custo, ser o centro das atenções e discussões, nem que para isto tenham que macular a imagem da Umbanda. Para estes elementos de má índole, a Umbanda é vista, não como instrumento de ação espiritual positiva, de amor e caridade, mas sim como trampolim para se alcançar interesses pessoais e reprováveis.
Caro leitor, analisemos juntos e com serenidade espiritual uma situação que foge à observação de muitos, mas que merece ser trazida à tona, a fim de que a grande massa de umbandistas (os verdadeiros, é claro !!) possam ficar atentos e tirarem suas conclusões ante a determinadas atitudes que ferem frontalmente os princípios sadios de nossa religião. É acontecimento natural, reflexo da necessidade humana em registrar eventos de relevância, ou como forma de organização histórica das Instituições, que durante uma Gira ou Sessão que tenham por fim saudar à Espiritualidade Superior, ou ainda comemorar o aniversário de fundação de um templo umbandista, que alguns adeptos (médiuns ou assistentes) queiram perpetuar tais momentos de maneira a terem uma fonte documental de referência segura contra possíveis lapsos de memória.
Deste modo, é comum observarmos pessoas utilizando-se de gravadores, máquinas fotográficas e câmeras de filmagem durante as várias cerimônias que se realizam nos terreiros. Até aí, nada de mais, uma vez que não é um procedimento exclusivo da Umbanda, mais usual em outros segmentos religiosos. No entanto é certo e lógico que ao utilizarmos a tecnologia para determos nos instrumentos de captação sonora ou visual manifestações da Espiritualidade Superior, devemos ter em mente o caráter de impessoalidade durante estas ações. O importante nestas ocasiões é ter uma visão do que acontece como um todo, ou seja registrar em gravadores ou câmeras a exteriorização da espiritualidade de uma forma coletiva, em que cada médium se apresente como mera unidade instrumental para a manifestação dos espíritos.
Não se concebe a idéia de que Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Exus e Crianças, entidades de alta estirpe espiritual que militam na Corrente Astral de Umbanda, se manifestem nos terreiros e fiquem procurando as lentes de máquinas fotográficas ou filmadoras na intenção de verem captadas a sua imagem (na realidade a imagem do médium). É evidente que quando isto ocorre, não é por ação dos espíritos trabalhadores de nossa cristalina Umbanda, mas sim pela vaidade, pelo narcisismo e outros atributos negativos enraizados em algumas pessoas, que de umbanditas nada têm. Simulam incorporação com tal ou qual espírito e, sob tal mistificação, exteriorizam o seu verdadeiro "eu". Pedem para serem fotografados, fazem pose para as câmeras, estufando o peito e olhando para as lentes com ares de superioridade, parecendo mais intelectuais sendo fotografados ou filmados em eventos sociais. E não é só isto. A pessoa pode até estar incorporada, restando saber a que classe pertence o espírito que se manifesta através dela. Sabemos que espíritos ainda pouco esclarecidos se fazem passar (mistificam) por Caboclos, Exus, PretosVelhos etc., a fim de se infiltrarem nos templos umbandistas, promovendo a discórdia, a excentricidade, a confusão. Para estas entidades o flash de uma máquina fotográfica ou o refletor de uma câmera filmadora funcionam como grandes massageadores de ego, apegados que estão aos vícios, sentimentos e desejos humanos.
Os espíritos laboradores de nossa religião encaram fotografias, filmagens e gravações como algo sem nenhuma significância, mas as toleram por necessidades e desejos humanos. De igual forma, médiuns sérios jamais se preocupam em "sair na foto ou na fita", pois sabedores que nos trabalhos de terreiro é a Umbanda que deverá ser o único foco das atenções e exaltações.
Aos leitores: Luz, Câmera, Atenção !!!
Fonte: Site A Umbanda com Amor
Extraido do Jornal Umbanda Branca nº 35 - edição de maio/junho/julho - 2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário