terça-feira, 24 de julho de 2012

OBSESSÃO E DESOBSESSÃO

Obsessão [do latim obsessione]:

1 -Domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum constrangimento inflingem. Aconselham, combatem a influência dos maus e, se não os ouvem, retiram-se. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum, identificam-se com o Espírito deste e o conduzem como se fora verdadeira criança.

2 - É classificada em obsessão simples, fascinação e subjugação.

3 - Idéia fixa e perturbadora.

Obsesso [do latim obsessu]:

Importunado, atormentado, perseguido. Sinônimo de Obsidiado.

Obsessor [do latim obsessore]:

Espírito inferior, agente eventual ou cármico da obsessão, encarnado ou desencarnado que, em ação irrefletida ou premeditada, domina, persegue, assedia ou importuna, em virtude da sintonia moral estabelecida. Sinônimo de Obsidiante.

Obsidiado:

Paciente da obsessão, aquele que sofre a influência perniciosa de um Espírito encarnado ou desencarnado. Sinônimo de Obsesso.

Obsidiante:

Aquele que atormenta, persegue, importuna. Sinônimo de Obsessor.

Obsidiar [do latim obsidiare]:

Ato ou efeito de importunar, incomodar, perturbar, molestar. Sinônimo de Obsedar. Ver: Obsessão.

Técnicas de desobsessão

Alguns estudiosos do Espiritismo afirmaram que não existem técnicas para se tratar da obsessão e chegaram a depositar nas mãos dos Espíritos ou do tempo, a solução de casos, que se classificavam desde os mais comuns, até os mais graves na patologia obsessiva. Como veremos, as coisas não são tão simples assim. Existem fatores e providências que precisam ser observados nesse procedimento terapêutico, para que se consiga libertar definitivamente uma pessoa obsedada do seu obsessor. A isso denominamos técnicas de desobsessão.
A desobsessão envolve uma série de condutas tendo em vista livrar o obsediado de sua prisão mental.A técnica básica do tratamento da obsessão fundamenta-se na doutrinação dos Espíritos envolvidos, encarnados e desencarnados. Doutrinar, significa instruir em uma doutrina. É isso que se vai fazer com o paciente, com sua família, se necessário, e com o Espírito que lhe atormenta. Atualmente o termo "doutrinar" vem sendo mudado por "esclarecer", que na verdade é a mesma coisa. Tudo uma questão de forma.

Doutrinação do obsediado (indireta e direta): Allan Kardec afirma que a pessoa obsedada precisa trabalhar para seu melhoramento moral e, diz textualmente, que a cura de quase todos os casos de obsessão têm solução através desse esforço. Portanto, a equipe de desobsessão deverá ajudá-la nesse procedimento de auto-melhoramento. Para isso se valerá da instrução direta e indireta do paciente. Veremos em outra parte do trabalho, que existem vários procedimentos (denominados coadjuvantes), que poderão ajudar o paciente nesse processo de libertação. Nessa parte do trabalho, porém, vamos falar somente da instrução considerada fundamental: a orientação na sala de entrevistas e o esclarecimento através das palestras.
Para o tratamento da maioria dos casos de obsessão, a instrução dada na sala de entrevista não será necessária. Basta que o paciente seja submetido às orientações vindas por meio das palestras doutrinárias (doutrinação indireta), realizadas nas reuniões públicas da casa. Associa-se a esse trabalho orientador, um ou dois métodos coadjuvantes e o resultado não demorará a aparecer.É importante salientar que as reuniões de palestras públicas são as que se revestem de maior gravidade, justamente porque encarrega-se de despertar um novo homem cristão, sábio, bom e justo.
Nos casos de obsessão grave, que envolvam processos em degeneração, subjugação ou fascinação, será fundamental que o paciente tenha instrução semanal na sala de entrevistas (doutrinação direta).São situações em que a pessoa enferma está sem condições de agir pela sua vontade ou tomar decisões a respeito de sua conduta. É nesse ponto que deverá entrar a orientação moral da Doutrina Espírita, ministrada por pessoa convenientemente preparada.

Doutrinação do Espírito obsessor: O codificador do Espiritismo, Allan Kardec, se expressa nos seguintes termos, a respeito da necessidade de se doutrinar Espíritos obsessores: "Nos casos de obsessão grave... Faz-se também necessário, e acima de tudo, agir sobre o ser inteligente, com o qual se deve falar com autoridade, sendo que essa autoridade só é dada pela superioridade moral. Quanto maior for essa, tanto maior será a autoridade. E ainda não é tudo, pois para assegurar a libertação, é preciso convencer o Espírito perverso a renunciar aos seus maus intentos; despertar-lhe o arrependimento e o desejo do bem, através de instruções habilmente dirigidas com a ajuda de evocações particulares, feitas no interesse de sua educação moral" – (Capítulo 28:81).
Está claro que não se pode extinguir as obsessões graves se não houver um trabalho feito junto do Espírito obsessor, para convencê-lo a deixar de perturbar o obsediado. Isso só poderá ser feito por meio de sessões mediúnicas realizadas exclusivamente para esse fim (o paciente nunca deve estar presente). Através de evocações particulares, pode-se conseguir contato com o Espírito perturbador, obter dele informações dos motivos da perseguição e instruí-lo para que abandone seus intentos.
Todos os fatos narrados nessas comunicações mediúnicas são de caráter íntimo e não deverão ser revelados nem para o paciente, nem para outros membros do Centro Espírita que não façam parte da equipe que cuida dessa tarefa.
Pode-se dizer a uma pessoa que ela tem um problema espiritual e que será ajudada pela casa espírita, sem que se tenha de tratar de detalhes com ela. Dizer a alguém que está perturbado, que ele foi um carrasco ou um suicida numa outra encarnação, só vai complicar sua situação mental e deixá-lo mais desequilibrado ainda.
Ressaltamos que as condições morais elevadas do doutrinador e dos médiuns que vão tratar das evocações e instrução de obsessores são essenciais para o sucesso da tarefa libertadora nos procedimentos desobsessivos.

Doutrinação da família do obsediado: Na patologia obsessiva é muito comum se encontrar casos de obsessão que envolva a responsabilidade familiar nas causas da enfermidade.
Algumas famílias são formadas por Espíritos que viveram juntos em encarnações passadas e cometeram delitos graves contra alguém que, mais tarde, por guardar ódio no coração, tornou-se um obsessor. Quando nas investigações em torno da obsessão se suspeitar desse envolvimento, convém que a família do perturbado seja convidada a freqüentar a casa espírita pelo menos durante o período de tratamento. Isso poderá facilitar e apressar a obtenção de resultados satisfatórios.
Durante esse período de estadia da família nas sessões públicas, a Espiritualidade terá condições de inspirar bons pensamentos e resoluções junto aos seus membros, ajudando-lhes a encontrar novos caminhos para suas vidas.
Mesmo sem ter esse tipo de envolvimento, é muito importante que a família do assistido seja conscientizada de suas responsabilidades a fim de dar o apoio necessário ao doente, ajudando sobremaneira na recuperação deste, se souber agir com equilíbrio.

Fluidoterapia: Kardec, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", fala da necessidade da fluidoterapia no tratamento das obsessões da seguinte maneira:
"Nos casos de obsessão grave, o obsedado está como que envolvido e impregnado por um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É necessário livrá-lo desse fluido. Mas um mau fluido não pode ser repelido por outro da mesma espécie. Por uma ação semelhante ao que o médium curador exerce nos casos de doença, é preciso expulsar o fluido mau com a ajuda de um fluido melhor, que produz, de certo modo, o efeito de um reagente. Essa é a que podemos chamar de ação mecânica..." – (Capítulo 28:81).
Os grupos que se dedicam à terapia desobsessiva deverão utilizar da fluidoterapia como um dos auxiliares no tratamento dos pacientes. Ela deverá ser ministrada semanalmente ao enfermo, através do passe (magnetização) e da água fluidificada, importante veículo que conduz o magnetismo humano e espiritual aos enfermos.
Nos casos de obsessões mais graves (degeneradas), os enfermos deverão receber magnetização, se possível, por mais de um passista. Isso será feito uma vez por semana, nas dependências do Centro Espírita, no período que antecede a palestra pública. Nos casos de extrema gravidade, a magnetização poderá ser feita diariamente, com visitas à casa do paciente.
Os passistas são os instrumentos utilizados pelos Espíritos para fortalecer o organismo perispiritual do doente, debilitado pela obsessão. A equipe deverá ter vida moral sadia, liberta de vícios grosseiros. Vivendo de forma equilibrada, esses companheiros estarão em condições espirituais para ajudar os sofredores, doando-lhes seus fluidos curativos.
O passe coletivo pouco ou nada significa para a desobsessão e deve ser usado só em casos onde, por falta de trabalhadores ou espaço, não puder ser aplicado individualmente.
Como vimos, na obsessão a atmosfera fluídica que circunda o paciente se torna sombria. O enfermo tem dificuldades para elevar seus pensamentos que jazem sob a opressão do baixo magnetismo, vindo das ligações psíquicas com o obsessor.
É preciso ajudá-lo a sair dessa situação e a fluidoterapia é um poderoso auxiliar dessa libertação.
Um grupo de passistas poderá projetar sobre a pessoa obsediada uma significativa carga de fluidos magneticamente elevados, expulsando do seu campo vibratório, as energias negativas.

Fonte: http://www.espirito.org.br/

Um comentário:

Luz13 disse...

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