Bom dia!
Semana preparatória para o trabalho especial de mesa branca na APEU.
Como de costume, postaremos textos que venham elucidar e explicar várias coisas sobre a espiritualidade, o mundo pós morte física, a mediunidade etc...
Que todos possam aproveitar os textos aqui colocados para se aprofundar no conhecimento do espírito, da mediunidade e da evolução que buscamos dentro da nossa linhagem de trabalho.
Saudações fraternas!
Sandro Mattos - Secretário APEU
1 Texto – Imortalidade da Alma
Sandro Mattos - Secretário APEU
1 Texto – Imortalidade da Alma
A imortalidade da alma é uma realidade incontestável. O homem, inclusive o materialista, tem e sempre teve dela, a intuição. ...
É que tendo sido ele criado por Deus, ou tendo Dele saído, já contém em si mesmo o germe da vida futura. Podemos, então, afirmar com segurança que o Espírito não é eterno, porque teve início, mas é imortal, porque nunca terá fim.
A morte no sentido de acabar, não existe em nenhum lugar do Universo. É que Deus, o Criador de tudo o que existe, não poderia criar nada que um dia acabasse. A morte, portanto, deve ser sempre entendida como uma passagem, como fim de um ciclo e início de outro.
Por que então tem o homem tanto medo da morte?
Podemos analisar o medo da morte sob dois aspectos: um positivo, o outro negativo.
O primeiro é um efeito da sabedoria da Providência. Ele se manifesta como uma consequência da lei de conservação. Deus deu a todos os seres vivos a necessidade de viver como forma de evolução, e desta maneira, busca o ser sempre preservar a vida. Se não houvesse esse instinto, deixaríamo-nos entregar à morte, sem termos terminado de cumprir a fase que se faz necessária no momento.
Quanto ao segundo, temos a determiná-lo várias causas, as quais podemos destacar a má formação religiosa, o apego aos bens materiais, a culpa de consciência, etc.
Dizemos medo negativo, por ser ele muitas vezes desencadeador de processos obsessivos e outras vezes gerador de temor à própria vida, entre outras formas de manifestação.
É dever da religião informar aos seus adeptos a respeito da vida espiritual. Quando esta informação não se faz, a religião não cumpre um de seus mais importantes objetivos. Como somos formados por uma religião que nunca nos esclareceu de uma forma lógica a respeito da vida futura, e muito pelo contrário procurou sempre nos amedrontar, temos gravado em nosso psiquismo o medo da morte.
Esta falta de lógica e a perseverança em doutrinas complicadas, desprovidas de bom senso e sem fundamentação científica, promoveram um homem céptico, materialista, que valoriza em excesso os bens imediatos, por não crer em nada além de sua acanhada visão. Essa forma de pensar também leva o indivíduo a ter medo do momento da transição, porque não crendo ele em nada, logo pensa, o que será a partir de então? Por isso, afirmamos ser a má formação religiosa uma das grandes culpadas do medo da morte.
Outra causa a destacar é a culpa e os sofrimentos já passados anteriormente pelo Espírito.
Sabemos que antes de encarnarmos, fazemos um programa regenerativo com base em nossas maiores necessidades, todavia, ao reencarnarmos, esquecemos grande parte destes compromissos e reincidimos nos antigos erros. Conscientemente, disso nada sabemos, mas o nosso Espírito guarda todas essas informações em seu íntimo, e esse contrariar nossa consciência é fator determinante do temor da morte, que ainda é agravado pelo fato de isso já ter acontecido muitas vezes em nosso processo reencarnatório e ter gerado muito sofrimento pós-morte, nos deixando uma reminiscência nada agradável.
A Doutrina Espírita transforma por completo esta situação. A vida futura deixa de ser hipótese para ser realidade. E a sua moral por ser a mesma ensinada pelo Cristo, tira do ser a culpa, mostrando a ele a necessidade de transformar-se pela prática das lições evangélicas, tirando, assim, o homem do círculo vicioso do erro.
Foi o próprio Jesus quem disse:
“Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João, 8: 11)
Pela importância deste tema, e para que todo espírita possa encarar a grande transição com tranquilidade e segurança, dedicamos este capítulo a estudar o processo desencarnatório.
2 – Processo Desencarnatório
É que tendo sido ele criado por Deus, ou tendo Dele saído, já contém em si mesmo o germe da vida futura. Podemos, então, afirmar com segurança que o Espírito não é eterno, porque teve início, mas é imortal, porque nunca terá fim.
A morte no sentido de acabar, não existe em nenhum lugar do Universo. É que Deus, o Criador de tudo o que existe, não poderia criar nada que um dia acabasse. A morte, portanto, deve ser sempre entendida como uma passagem, como fim de um ciclo e início de outro.
Por que então tem o homem tanto medo da morte?
Podemos analisar o medo da morte sob dois aspectos: um positivo, o outro negativo.
O primeiro é um efeito da sabedoria da Providência. Ele se manifesta como uma consequência da lei de conservação. Deus deu a todos os seres vivos a necessidade de viver como forma de evolução, e desta maneira, busca o ser sempre preservar a vida. Se não houvesse esse instinto, deixaríamo-nos entregar à morte, sem termos terminado de cumprir a fase que se faz necessária no momento.
Quanto ao segundo, temos a determiná-lo várias causas, as quais podemos destacar a má formação religiosa, o apego aos bens materiais, a culpa de consciência, etc.
Dizemos medo negativo, por ser ele muitas vezes desencadeador de processos obsessivos e outras vezes gerador de temor à própria vida, entre outras formas de manifestação.
É dever da religião informar aos seus adeptos a respeito da vida espiritual. Quando esta informação não se faz, a religião não cumpre um de seus mais importantes objetivos. Como somos formados por uma religião que nunca nos esclareceu de uma forma lógica a respeito da vida futura, e muito pelo contrário procurou sempre nos amedrontar, temos gravado em nosso psiquismo o medo da morte.
Esta falta de lógica e a perseverança em doutrinas complicadas, desprovidas de bom senso e sem fundamentação científica, promoveram um homem céptico, materialista, que valoriza em excesso os bens imediatos, por não crer em nada além de sua acanhada visão. Essa forma de pensar também leva o indivíduo a ter medo do momento da transição, porque não crendo ele em nada, logo pensa, o que será a partir de então? Por isso, afirmamos ser a má formação religiosa uma das grandes culpadas do medo da morte.
Outra causa a destacar é a culpa e os sofrimentos já passados anteriormente pelo Espírito.
Sabemos que antes de encarnarmos, fazemos um programa regenerativo com base em nossas maiores necessidades, todavia, ao reencarnarmos, esquecemos grande parte destes compromissos e reincidimos nos antigos erros. Conscientemente, disso nada sabemos, mas o nosso Espírito guarda todas essas informações em seu íntimo, e esse contrariar nossa consciência é fator determinante do temor da morte, que ainda é agravado pelo fato de isso já ter acontecido muitas vezes em nosso processo reencarnatório e ter gerado muito sofrimento pós-morte, nos deixando uma reminiscência nada agradável.
A Doutrina Espírita transforma por completo esta situação. A vida futura deixa de ser hipótese para ser realidade. E a sua moral por ser a mesma ensinada pelo Cristo, tira do ser a culpa, mostrando a ele a necessidade de transformar-se pela prática das lições evangélicas, tirando, assim, o homem do círculo vicioso do erro.
Foi o próprio Jesus quem disse:
“Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João, 8: 11)
Pela importância deste tema, e para que todo espírita possa encarar a grande transição com tranquilidade e segurança, dedicamos este capítulo a estudar o processo desencarnatório.
2 – Processo Desencarnatório
neste processo.
Os que pautaram sua conduta pelos princípios de renovação espiritual em bases evangélicas sofrem menos esta perturbação. Já nos que viveram uma vida materialista baseado no imediatismo mundano, mais forte é o desequilíbrio, visto que as impressões da vida corporal transferem-se para o plano da consciência desencarnada.
O fato a que denominamos morte, só se dá quando do rompimento do cordão fluídico que une a alma ao corpo, mas essa separação não acontece de uma forma brusca.
O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo.80
Quando estudava o processo desencarnatório de Dimas no livro Obreiros da Vida Eterna, André Luiz, em determinado ponto, faz a seguinte consideração:
Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém a operação era ainda incompleta. E continua: O assistente deliberou que o cordão fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do “morto”, ainda imperfeitamente preparado para o desenlace mais rápido.81
Aprendemos, desta forma, que o desencarne não termina no instante em que o ser é dado como morto pela ciência médica, mas que ele só se completa algumas horas depois com o desligamento do cordão fluídico.
Podemos afirmar que não existem dois processos de desencarne rigorosamente iguais, visto que não existem dois Espíritos em total identidade. A sensação de maior ou menor sofrimento enfrentada pelo Espírito, está na razão direta da soma de pontos de contato existentes entre o corpo e o perispírito, nos afirma Kardec82, e esta é a mesma razão da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento do cordão de prata.
Assim, temos que o sofrimento gerado pela “morte” é tanto maior quanto maior for a aderência corpo-perispírito, que é sempre determinado pela maior ou menor importância dada pelo homem, enquanto encarnado, às questões materiais. A afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria.
Isto vem confirmar que o sofrimento das almas moralizadas, é quase nulo, porque nulo é o seu apego às questões materiais. Posto isto, afirmamos que só depende de nós mesmos o nosso sofrer ou não sofrer no instante da grande transição.
Outra questão a considerar, é o tipo de desencarne que sofre o Espírito.
Quando trata-se de morte natural, gerada pela cessação das forças vitais por velhice ou doença, o processo é menos agressivo, e o Espírito penetra a vida espiritual de
forma mais tranquila, se mais espiritualizada foi a sua vida, conforme já dissemos. Mas mesmo no homem mais materializado, apesar das dificuldades geradas pelo apego, a morte mais lenta, mais natural é menos sofrida.
Na morte violenta, as sensações se diferem ao extremo. O Espírito, diante do inesperado, fica como que perturbado, e não entendendo o que se passa, acha que está ainda no mundo dos encarnados, e muitas vezes julga que o seu corpo fluídico é o mesmo corpo material, tendo as mesmas sensações.
É claro que aqui também difere em infinitas modalidades o que sente o Espírito, devido aos seus conhecimentos a respeito da vida espiritual e os progressos feitos em sua existência material. Para quem vivenciou mais na vida os valores do Espírito, a perturbação passa mais rapidamente, aos outros é mais lenta, podendo durar dias, meses, anos ou até séculos.
No caso do suicida então, mais penosa ainda é a transição. Os Espíritos chegam a afirmar que o sofrimento excede a qualquer expectativa. Como se já não bastasse a grave transgressão às Leis Divinas, o corpo está totalmente ligado ao perispírito, e a quantidade de fluido vital é ainda grande. Isto muitas vezes faz com que o Espírito assista, totalmente consciente, todo o processo desencarnatório, sentindo a decomposição de seu organismo molécula a molécula, e a maior surpresa que o espera é a grande decepção de ainda estar vivo.
Resumindo, temos então que o sofrimento do Espírito, na ocasião do desencarne, é sempre maior quanto mais lento for o desprendimento do perispírito. E essa lentidão é sempre maior quanto menor for a evolução moral do indivíduo.
Até então, analisamos o processo desencarnatório, vendo só a influência do Espírito do próprio desencarnante, mas a influência de familiares e amigos também é fator determinante no processo de desligamento do Espírito.
André Luiz, em livro psicografado por Chico Xavier, estuda a desencarnação de Fernando, e em determinado momento, nota que o estado aflitivo dos familiares prejudicam o ato desencarnatório. Veja como é narrado o fato:
A aflição dos familiares encarnados, aqui presentes (dizia Aniceto), poderá dificultar-nos a ação. Observem como todos eles emitem recursos magnéticos em benefício do moribundo.
De fato, uma rede de fios cinzentos e fracamente iluminados parecia ligar os parentes ao enfermo quase morto.
-Tais socorros – tornou Aniceto – são agora inúteis para devolver-lhe o equilíbrio orgânico. Precisamos neutralizar essas forças, emitidas pela inquietação, proporcionando, antes de tudo, a possível serenidade à família.
E, aproximando-se ainda mais do agonizante, tomou a atitude do magnetizador, exclamando:
-Modifiquemos o quadro do coma.
Após alguns minutos em que nosso mentor operava, secundado pelo nosso respeitoso silêncio, ouvimos o médico encarnado anunciar aos parentes do moribundo:
-Melhoram os prognósticos. A pulsação, inexplicavelmente, está quase normal. A respiração tende a acalmar-se.
Três senhoras suspiraram aliviadas. (…)
As senhoras e mais dois cavalheiros, que se prontificavam a retirar agradeceram satisfeitos e comovidos. Permaneceram no aposento somente o médico e um irmão do agonizante. A melhora súbita tranquilizara a todos. E, aos poucos, os fios cinzentos que se ligavam ao enfermo desapareceram sem deixar vestígios. (…)
Aproveitou Aniceto a serenidade ambiente e começou retirar o corpo espiritual de Fernando, desligando-o dos despojos, reparando eu que iniciara a operação pelos calcanhares, terminando na cabeça, à qual, por fim, parecia estar preso o moribundo por extenso cordão, tal como se dá com os nascituros terrenos. Aniceto cortou-o com esforço. O corpo de Fernando deu um estremeção, chamando o médico humano ao novo quadro. A operação não fora curta e fácil. Demora-se longos minutos, durante os quais vi o nosso instrutor empregar todo o cabedal de sua atenção e talvez de suas energias magnéticas.83
Como já dissemos, não existe processo desencarnatório igual. A nossa intenção com este estudo é dar uma ideia geral do assunto. Aconselhamos aos interessados em aprofundar os conhecimentos sobre este tema o livro O Céu o e Inferno de Allan Kardec, e Obreiros da Vida Eterna do Espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier.
Fonte: Curso de Espiritismo e Evangelho – Centro Espírita Amor e Caridade - GO
Os que pautaram sua conduta pelos princípios de renovação espiritual em bases evangélicas sofrem menos esta perturbação. Já nos que viveram uma vida materialista baseado no imediatismo mundano, mais forte é o desequilíbrio, visto que as impressões da vida corporal transferem-se para o plano da consciência desencarnada.
O fato a que denominamos morte, só se dá quando do rompimento do cordão fluídico que une a alma ao corpo, mas essa separação não acontece de uma forma brusca.
O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo.80
Quando estudava o processo desencarnatório de Dimas no livro Obreiros da Vida Eterna, André Luiz, em determinado ponto, faz a seguinte consideração:
Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém a operação era ainda incompleta. E continua: O assistente deliberou que o cordão fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do “morto”, ainda imperfeitamente preparado para o desenlace mais rápido.81
Aprendemos, desta forma, que o desencarne não termina no instante em que o ser é dado como morto pela ciência médica, mas que ele só se completa algumas horas depois com o desligamento do cordão fluídico.
Podemos afirmar que não existem dois processos de desencarne rigorosamente iguais, visto que não existem dois Espíritos em total identidade. A sensação de maior ou menor sofrimento enfrentada pelo Espírito, está na razão direta da soma de pontos de contato existentes entre o corpo e o perispírito, nos afirma Kardec82, e esta é a mesma razão da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento do cordão de prata.
Assim, temos que o sofrimento gerado pela “morte” é tanto maior quanto maior for a aderência corpo-perispírito, que é sempre determinado pela maior ou menor importância dada pelo homem, enquanto encarnado, às questões materiais. A afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria.
Isto vem confirmar que o sofrimento das almas moralizadas, é quase nulo, porque nulo é o seu apego às questões materiais. Posto isto, afirmamos que só depende de nós mesmos o nosso sofrer ou não sofrer no instante da grande transição.
Outra questão a considerar, é o tipo de desencarne que sofre o Espírito.
Quando trata-se de morte natural, gerada pela cessação das forças vitais por velhice ou doença, o processo é menos agressivo, e o Espírito penetra a vida espiritual de
forma mais tranquila, se mais espiritualizada foi a sua vida, conforme já dissemos. Mas mesmo no homem mais materializado, apesar das dificuldades geradas pelo apego, a morte mais lenta, mais natural é menos sofrida.
Na morte violenta, as sensações se diferem ao extremo. O Espírito, diante do inesperado, fica como que perturbado, e não entendendo o que se passa, acha que está ainda no mundo dos encarnados, e muitas vezes julga que o seu corpo fluídico é o mesmo corpo material, tendo as mesmas sensações.
É claro que aqui também difere em infinitas modalidades o que sente o Espírito, devido aos seus conhecimentos a respeito da vida espiritual e os progressos feitos em sua existência material. Para quem vivenciou mais na vida os valores do Espírito, a perturbação passa mais rapidamente, aos outros é mais lenta, podendo durar dias, meses, anos ou até séculos.
No caso do suicida então, mais penosa ainda é a transição. Os Espíritos chegam a afirmar que o sofrimento excede a qualquer expectativa. Como se já não bastasse a grave transgressão às Leis Divinas, o corpo está totalmente ligado ao perispírito, e a quantidade de fluido vital é ainda grande. Isto muitas vezes faz com que o Espírito assista, totalmente consciente, todo o processo desencarnatório, sentindo a decomposição de seu organismo molécula a molécula, e a maior surpresa que o espera é a grande decepção de ainda estar vivo.
Resumindo, temos então que o sofrimento do Espírito, na ocasião do desencarne, é sempre maior quanto mais lento for o desprendimento do perispírito. E essa lentidão é sempre maior quanto menor for a evolução moral do indivíduo.
Até então, analisamos o processo desencarnatório, vendo só a influência do Espírito do próprio desencarnante, mas a influência de familiares e amigos também é fator determinante no processo de desligamento do Espírito.
André Luiz, em livro psicografado por Chico Xavier, estuda a desencarnação de Fernando, e em determinado momento, nota que o estado aflitivo dos familiares prejudicam o ato desencarnatório. Veja como é narrado o fato:
A aflição dos familiares encarnados, aqui presentes (dizia Aniceto), poderá dificultar-nos a ação. Observem como todos eles emitem recursos magnéticos em benefício do moribundo.
De fato, uma rede de fios cinzentos e fracamente iluminados parecia ligar os parentes ao enfermo quase morto.
-Tais socorros – tornou Aniceto – são agora inúteis para devolver-lhe o equilíbrio orgânico. Precisamos neutralizar essas forças, emitidas pela inquietação, proporcionando, antes de tudo, a possível serenidade à família.
E, aproximando-se ainda mais do agonizante, tomou a atitude do magnetizador, exclamando:
-Modifiquemos o quadro do coma.
Após alguns minutos em que nosso mentor operava, secundado pelo nosso respeitoso silêncio, ouvimos o médico encarnado anunciar aos parentes do moribundo:
-Melhoram os prognósticos. A pulsação, inexplicavelmente, está quase normal. A respiração tende a acalmar-se.
Três senhoras suspiraram aliviadas. (…)
As senhoras e mais dois cavalheiros, que se prontificavam a retirar agradeceram satisfeitos e comovidos. Permaneceram no aposento somente o médico e um irmão do agonizante. A melhora súbita tranquilizara a todos. E, aos poucos, os fios cinzentos que se ligavam ao enfermo desapareceram sem deixar vestígios. (…)
Aproveitou Aniceto a serenidade ambiente e começou retirar o corpo espiritual de Fernando, desligando-o dos despojos, reparando eu que iniciara a operação pelos calcanhares, terminando na cabeça, à qual, por fim, parecia estar preso o moribundo por extenso cordão, tal como se dá com os nascituros terrenos. Aniceto cortou-o com esforço. O corpo de Fernando deu um estremeção, chamando o médico humano ao novo quadro. A operação não fora curta e fácil. Demora-se longos minutos, durante os quais vi o nosso instrutor empregar todo o cabedal de sua atenção e talvez de suas energias magnéticas.83
Como já dissemos, não existe processo desencarnatório igual. A nossa intenção com este estudo é dar uma ideia geral do assunto. Aconselhamos aos interessados em aprofundar os conhecimentos sobre este tema o livro O Céu o e Inferno de Allan Kardec, e Obreiros da Vida Eterna do Espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier.
Fonte: Curso de Espiritismo e Evangelho – Centro Espírita Amor e Caridade - GO
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