sexta-feira, 17 de junho de 2011

A Marca do Amor

Um menino tinha uma cicatriz no rosto. As pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado. Na realidade quando os colegas de seu colégio o viam, franziam a testa por causa da cicatriz ser muito feia.
Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não freqüentasse mais o colégio. O professor levou o caso à diretoria.
A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão: que não poderia tirar o menino do colégio, e que conversaria com ele pedindo que fosse o ultimo a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via seu rosto, a não ser que olhassem para trás.
O professor achou magnífica a idéia pois sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento do menino da decisão, ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: que ele comparecesse na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o porquê daquela CICATRIZ.
A turma concordou, e no dia seguinte o menino entrou na sala, dirigiu-se a frente dos alunos e começou a relatar:
- Sabe turma! Eu entendo vocês, na realidade esta cicatriz é muito feia mesmo, mas foi assim que eu a adquiri:
- Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação, passava roupa para fora. Eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade...
A turma estava em silencio atenta a tudo. O menino continuou:
- Além de mim, havia mais 3 irmãozinhos: um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.
Silêncio total em sala.
- Foi aí que, não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo. Minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, pois havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira pegavam fogo e estava muito quente...
Minha mãe colocou-me sentado no chão, do lado de fora, e me disse para ficar com meus irmãos até ela voltar, depois de buscar minha irmãzinha que continuava lá dentro, na casa em chamas.
Só que quando minha mãe tentou entrar na casa, as pessoas que estavam ali, a impediram e eu ouvia minha mãe gritar:
- Minha filhinha está lá dentro!
Vi no rosto dela o desespero, o horror... ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha...
Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e pedi para que não saíssem dali até eu voltar. Passei pelas pessoas sem ser notado e quando perceberam, eu já tinha entrado na casa.
Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá, ela estava enrolada em um lençol e chorava muito... Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou no meu rosto...
A turma estava quieta, atenta e envergonhada, mas o menino continuou:
Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha, me beija, porque sabe que é marca de AMOR.
Vários alunos choravam, sem saberem o que dizer ou fazer, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se.

Para você que leu esta história, queria dizer que o mundo está cheio de CICATRIZES. Não falo das visíveis, mas das que não se vêem. Estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas, seja com palavras ou nossas ações.
Há aproximadamente 2000 anos, JESUS CRISTO, adquiriu algumas CICATRIZES em seu corpo, especialmente nas mãos, pés e em sua cabeça. Essas cicatrizes eram nossas, mas Ele pulou sobre nós para nos proteger e ficou com todas as nossas CICATRIZES..

Essas também são marcas de AMOR.


Autoria desconhecida.

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